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Day: 9 de outubro de 2016

O gigante apequenado.

O gigante apequenado.

Por François Silvestre

O Brasil é grandioso na geografia, na exuberância da natureza, na cultura popular. É grandioso na arte. No festivo e nos folguedos. Mais ou menos no esporte, menos que mais no futebol. É um dos maiores, na hipocrisia.

Porém, entretanto, mas porém, como dizia Zé Limeira, é o Brasil um país institucionalmente apequenado. Historicamente duvidoso, juridicamente inseguro, socialmente injusto, culturalmente abandonado.

Acabamos de sair de uma eleição municipal, no meio de uma crise quase sem precedentes. Falência do erário e quebradeira empresarial. Promiscuidade nas relações do poder público com a atividade empresarial.

Eleições livres? Sim e não. Livres na forma da Lei. No aparato formal, na lisura da apuração. Não se nega. Mas a liberdade é muito mais do que isso.

Eleição realmente livre não se atrela ao poder econômico. Não depende de quem detém o poder, principalmente nos municípios, onde a dependência da população é quase insuperável.

Há exceções? Sim. Porém, o raciocínio analítico sustenta-se na regra. Mesmo reconhecendo as exceções.

E é com o arrazoado do excepcional que temos visto e lido todo tipo de constatação sobre o resultado dos pleitos. Das constatações pueris aos argumentos mais fronteiriços da asneira.

Uma coisa é certa: O Brasil vive um dos seus momentos históricos de maior pobreza. Aqui a palavra pobreza sai do campo da exceção generosa para a regra generalizada.

Pobreza política, institucional, social, econômica. Saímos de uma vasta mentira de inclusão social. Esmola sob a farsa dessa “generosidade”, que era apenas um projeto de poder. No processo de esmolar, só o doador se sai bem. Pois faz a catarse de consciência e aquieta o necessitado.

Quando cessa o efeito da esmola, o “status quo” anterior retorna com mais violência e mais pobreza.

Abstenção, voto branco ou nulo, conscientemente, tem a força da contestação. Infelizmente, num país nivelado pela mediocridade de cidadania, fica difícil aquilatar o nível dessa consciência.

O voto obrigatório é uma demonstração de que nem os políticos nem a Justiça Eleitoral confiam no próprio taco. Na Democracia respeitável, o voto é direito e não dever.

Mediocridade política e institucional; na vida pública e privada, onde o que é privado se locupleta na teta pública, e o que é público se completa na privada. Com todos os sentidos.

Exemplo dessa promiscuidade deu-se no quase assassinato da nossa maior empresa. Um orgulho acabrunhado. A Petrobrás foi assaltada com uma brutalidade que a corrupção superou a si mesma. Caiu o mito da eficiência privada, com a constatação da roubalheira praticada por grandes empresas, cooptadas pelo poder público larápio.

É esse o nosso tempo. Sem segurança, sem saúde, sem educação. Sobra a ideologia da estultice e da mediocridade!

Té mais.

François Silvestre é escritor – * Texto originalmente publicado no Novo Jornal.

Quem será o novo presidente da câmara?

Quem será o novo presidente da câmara?

Resultado de imagem para não houve sessão por falta do vereador quorum

Depois das eleições no ultimo dia 2 de outubro, e de uma vitória histórica do atual governo, liderado pelo prefeito Hélio Miranda (PMDB), agora começam as especulações para a eleição que deve acontecer no dia 1º de janeiro para o comando do Poder Legislativo Para o Biênio 2017 2018.

O sistema governista fez sete parlamentares, tendo o PMDB como a maior bancada da casa. A nova legislatura é formada pelos vereadores Edinor de Melo (PMDB), Francisca do Camarão (PMDB), Lizete Negreiro (PMDB), Diva Araújo (PRB), Eudes Miranda (PR), Emilson de Borba (PR), Carlos Câmara (PSDB), Gustavo Santiago (SD) e Eliane de Edinho (PV).

Ainda não existe nenhum inicio de conversas para a presidência da casa, porém, as discussões nos bastidores já começaram e vão se estender até o inicio de dezembro, quando oficialmente o grupo começa as articulações. Guamaré na Tela.

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