Vídeo: “Ninguém aguenta mais tanto roubo”, disse Geddel durante protesto contra a corrupção em 2015

Vídeo: “Ninguém aguenta mais tanto roubo”, disse Geddel durante protesto contra a corrupção em 2015

O Globo

Apontado pela Polícia Federal como beneficiário de um apartamento no qual, nesta terça-feira, agentes encontraram R$ 51 milhões em espécie, na Bahia, o ex-ministro Geddel Vieira Lima participou de um protesto contra a corrupção e o governo petista em agosto de 2015. Na ocasião, em entrevista à “TVSP”, ele ressaltou que saiu às ruas para se manifestar porque “ninguém aguenta mais tanto roubo” e criticou o “assalto aos cofres públicos”.

“(Vim) dizer que basta, que chega. Não se suporta mais um governo tão incompetente, incapaz de unificar o país, incapaz de nos tirar dessa crise econômica que faz o assalariado tenha o seu salário comido pela inflação. E dizer que chega, ninguém aguenta mais tanto roubo. Isso deixou de ser corrupção, isso é roubo. É assalto aos cofres públicos para enriquecer os petistas”, frisou Geddel, que cumpre prisão domiciliar a um quilômetro do apartamento vistoriado pela PF nesta terça-feira.

A PF levou cerca de 14 horas e precisou de sete máquinas para contar o dinheiro, entre reais e dólares, disposto em malas e caixas no interior do apartamento. O imóvel pertence a Silvio Silveira, que o cedeu, segundo os investigadores, para Geddel guardar pertences de seu pai, já falecido. O “bunker” fica no bairro da Graça, a pouco mais de um quilômetro de onde o ex-ministro está preso em casa.

Geddel, que já foi ministro da Secretaria de Governo do presidente Michel Temer, é suspeito de ter recebido cerca de R$ 20 milhões em propina de empresas interessadas na liberação de financiamentos na Caixa Econômica Federal (CEF), banco no qual o ex-ministro foi vice-presidente de Pessoa Jurídica entre 2011 e 2013, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

Outra operação, a Sépsis, também lançou suspeitas sobre Geddel, relativas ao pagamento de propinas para conseguir créditos no Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), administrado pela Caixa.

Atualmente, Geddel é réu em processo de obstrução de Justiça. O ex-ministro é suspeito de tentar impedir que o doleiro Lúcio Funaro fizesse uma delação premiada.

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