Desemprego em Guamaré: O que pode ser feito para enfrentar este problema?

Desemprego em Guamaré: O que pode ser feito para enfrentar este problema?

Na última terça-feira, 16, a Câmara Municipal, através do seu presidente Eudes Miranda, convidou a população para participar de uma audiência pública que teve como tema o desemprego no município.

Nas prerrogativas de presidente da Câmara, Eudes Miranda também convocou os vereadores e as empresas que prestam serviços para prefeitura, para o setor privado, as prestadoras de serviço da Petrobras e a própria Petrobrás.  A Petrobras, como as empresas prestadoras de serviços da prefeitura não enviaram seus representantes, ponto muito criticado por todos que participaram da audiência, apesar das suas justificativas.

Apesar de não ser o fórum (minha opinião) adequado para discutir um tema de tamanha relevância, no caso a audiência pública, mesmo assim a Câmara Municipal foi muito feliz em levantar a discussão de um tema que é real e afeta milhões de brasileiros: O desemprego.

Várias questões foram levantadas, embora algumas fora do foco da discussão, mesmo assim não tirou o objetivo da audiência, que teve como resultado final a seguinte síntese: O desemprego é real e está dentro dos nossos lares e afeta a centenas de cidadãos Guamareenses.

Mas, a pergunta é: O que pode ser feito para enfrentar este problema?

Várias sugestões foram dadas, tanto pela a população, como também pelos empresários presentes e também por todos os vereadores que fizeram parte da discussão. Uma coisa ficou clara: Todas essas sugestões focadas para o tema devem ser aproveitadas de uma maneira ou outra.

Como o microfone não é meu lado forte, resolvi então escrever este artigo.Se vai contribuir ou não, é uma coisa, outra coisa e que as pessoas tomem conhecimento do que eu penso.

Tomo como ponto de partida a pergunta que ficou no ar. O que fazer daqui pra frente, para que possamos elaborar políticas de geração de empregos para a população de Guamaré?

Acredito que deveríamos atuar em três estágios: Ações em curto prazo, em médio prazo e em longo prazo. Em curto prazo seria negociar “imediatamente” com as empresas prestadoras de serviço da prefeitura, cotas de contratação para mão de obra local, isso para contratos vigentes e em andamento. Já para os contratos futuros, já deixar amarrada alguma cláusula, que não obrigue, mas que essas empresas se comprometam em dar preferência à mão de obra local.

Em médio prazo seria a contratação de uma escola técnica, que atue dentro dos requisitos obrigatórios do MEC, para que possamos patrocinar cursos técnicos nas áreas de eletricidade, mecânica e automação, com o objetivo de formar mão de obra capacitada para atuar no segmento de geração de energia eólica, o setor que mais emprega e paga bem região.

Em longo prazo, a Câmara municipal, poderia ser chamar para si a responsabilidade de debater a criação do Plano Municipal de Geração de Empregos. Como seria feito isso? Todos os setores da sociedade Guamareense seriam convocados para contribuir para a elaboração desse plano. Os sindicatos, o poder executivo, os poderes legislativo, empresários, comerciantes, estudantes e organizações sociais participariam de um grande fórum de debate.

Seriam criadas oficinas, como foi sugerido por José de Arimateia durante a audiência, para discutir temas relacionados à geração de empregos e renda. Deste grande fórum e com os resultados obtidos das oficinas, sairiam às propostas para serem colocadas em prática. Seria criado, dentro do Plano Municipal de Geração de Empregos, um plano de ação como metas, responsáveis por essas por essas ações e prazos para sua execução. Entraria nessa neste plano as nossas potencialidades, como por exemplo, o turismo que foi defendido pelo o vereador Gustavo na audiência. O Turismo como o ponto forte, poderá fomentar inúmeras vagas de emprego, pois atinge a contratação de pessoas para trabalhar em hotelaria, em bares e restaurantes e como guia turístico, além de aquecer a economia local.

Em outra parte, poderíamos também construir padarias comunitárias em determinados distritos, para que os produtos destas padarias fossem comprados pela prefeitura para ser consumido nas escolas, creches, PSF’s, UBS’s e no hospital do município. Com isso estaríamos capacitando, gerando emprego e renda.

Também poderíamos implantar uma fábrica de beneficiamento do nosso pescado para gerar emprego para dezenas de pessoas neste projeto. A fábrica poderia beneficiar parte do nosso pescado que seria inserida no cardápio dos hospitais e das escolas. Com isso teríamos comida saudável na mesa e dezenas de empregos gerados.

Neste projeto poderíamos explorar o potencial da nossa apicultura. Poderíamos fazer o sachê do mel em inserir no cardápio escolar das escolas, na dieta dos PSF’s e do hospital. Já temos uma casa do mel instalada no assentamento Umarizeiro, basta reequipá-la. A apicultura trás nutrição com emprego e renda.

Nos assentamentos poderíamos incentivar e financiar o cultivo da Tilápia em criadouros.  A produção da Tilápia que também seria beneficiada, boa parte dela seria vendida no mercado e outra parte inserida na merenda escolar e no cardápio dos PSF’s, UBS’s dos hospitais.

Para área industrial, o fórum discutiria o fortalecimento da parceria do município como a Petrobras, pois a empresa ainda é a maior fonte de empregabilidade no nosso município. Interagir com as empresas que atuam no polo industrial de Guamaré, para juntos possamos encontrar soluções para capacitação e absorção da nossa mão obra local, também seria pauta de debate desse grande fórum. Também é preciso rediscutir o PROMINP- Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás, QUE oferece cursos com o objetivo de qualificar profissionais para os setores de Petróleo e Gás.

São essas pequenas idéias associadas às outras que seriam definidas no fórum proposto, que poderão promover geração de emprego e renda para os cidadãos de Guamaré.

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