Fazer da câmara a verdadeira “casa do povo”, será o desafio do novo presidente.

Fazer da câmara a verdadeira “casa do povo”, será o desafio do novo presidente.

Blog Ponto Critico – Com a aproximação da data para eleição da mesa diretora da Câmara Municipal de Guamaré, que comandará o poder legislativo no próximo biênio de 2015/2016, crescem as expectativas, as opiniões e as especulações em torno do nome novo presidente da casa.

Portanto, existe uma diferença extrema entre as especulações e as opiniões em relação à votação que vai eleger o novo presidente.

Contudo, quem quer seja eleito como presidente, além de cumprir com suas obrigações e responsabilidades constitucionais, o mesmo terá o desafio de fazer da Câmara a verdadeira “casa do povo”.

O novo presidente deve encurtar as relações com a sociedade, possibilitando mais poder de participação da população nas decisões tomadas pela casa. Uma participação propositiva, sem tirar a legitimidade dos mandatos dos vereadores para quais foram eleitos.

A Câmara de Guamaré, através do novo presidente eleito precisará imprimir no seu mandato uma marca social.

Muitas Câmaras Municipais e Assembleias Legislativas, destinam parte dos seus orçamentos para projetos sociais e culturais. Em Guamaré, a Câmara poderia trilhar por esse caminho, criando projetos sociais ou culturais, promovendo cidadania, beneficiando a população – principalmente os mais jovens – e estampando uma marca na sua história.

Será preciso que a nova mesa diretora seja de fato a interlocutora dos conflitos sociais que existem no município. Que chame para sua responsabilidade as demandas que atingem o cidadão Guamareense, debatendo com eles as questões que se arrastam por décadas, como por exemplo, o Plano de Cargos e Salários dos servidores públicos. Não agindo como forma de pressão e sim como forma interlocutora.

As audiências públicas devem ser uma prática constante da casa, para que os problemas existentes no município sejam debatidos com a população e juntos encontrarem soluções. É verdade que foram realizadas várias audiências publicas na atual gestão da casa, mas, ficou muito aquém do que é realmente é necessário.

A nova mesa diretora deve ser mais inovadora e menos conservadora. O presidente eleito vai precisar quebrar alguns paradigmas para que algumas ações se transformem em benefício de todos.

Há pontos a melhorar, como a questão da área de tecnologia e comunicação institucional e transparência .

A internet da casa não pode ser um privilégio só para os vereadores e para alguns servidores. É preciso que esse benefício seja o estendido ao povo durante as sessões.

O portal da transparência deve ser modernizado e mais divulgado no meios de comunicação.

A comunicação institucional deve ser tratada com profissionalismo e imparcialidade, possibilitando e facilitando que os meios de comunicação possa realizar o trabalho de levar informações da casa para população através dos inúmeros blogs existentes na cidade.

Outro paradigma é questão do dia e do horário das sessões. A data e horário foi modificado para atender uma situação no passado. Até 2010 as sessões eram realizadas nas sextas-feiras, às 15:00 horas. Naquele ano, houve a mudança para as terças-feiras, com inicio das sessões marcada para 09:00, mas, o horário nunca é cumprido. Apesar das críticas e apelos por parte da população, até hoje continua.

A nova mesa diretora deve ser mais sensível às críticas, saber acata-las, trata-las e devolve-las com respostas contundentes a população. A propósito o vereador é inviolável e não intocável.

Esses pontos, entre outros que muitos cidadãos têm a sugerir, são pequenos e fácies de resolver diante de outras demandas existentes na casa. É só ter vontade política para fazer acontecer.

Mas nem tudo está perdido. Ainda há tempo para ouvir as vozes do povo

Para um bom começo, a criação de um projeto social ou cultural, bancado com o orçamento da casa, já seria um sinal de mudança. Uma boa mudança que não traria nenhuma dificuldade financeira para legislativo, tendo em vista que a Câmara de Guamaré tem um orçamento anual de causar inveja a certos municípios do Brasil.

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