“Quem ama, sofre. quem sofre, sente. Quem sente, luta. quem luta, vence!” Samara Cirino

“Quem ama, sofre. quem sofre, sente. Quem sente, luta. quem luta, vence!” Samara Cirino

As pessoas podem ser ricas, pobres, pardas, amarelas, brancas, negras. Podem morar na capital, no interior, serem mais ou menos cultas. Enfim, podem ser diferentes em diversos sentidos, porém todas são iguais: são pessoas!

Todas têm sentimentos e passam momentos muito parecidos, o policial militar e bloqueiro, Leandro de Souza, não é um ser humano diferente dos demais, ele é um cidadão macauense de bem, que sempre defendeu com unhas e dentes o melhor para Macau e seu povo, seja fardado protegendo a população, ou comando opinião sobre o cenário politico da cidade.

Leando é consciente que o preço a pagar seria alto por lutar por uma sociedade mais igualitária, mesmo assim, ele decidiu pagar e jamais recuar, recuar ficou para os covardes, para ele, enquanto houve esperança, há possibilidade do sonho do povo de Macau ser realizado.

Em sua página no facebook, ele fez uma verdadeiro desabafo, falou na bucha, na lata o que muita gente precisava ouvir.

Por Leandro de Souza

Eu não nasci em Macau.

Realmente eu não nasci em Macau, mas moro aqui, diferente de algumas pessoas que nasceram aqui, mas moram longe.

Quem vivencia a cidade imunda sou eu, quem vivencia a cidade sem médicos sou eu, quem vivencia a cidade escura sou eu, quem vivencia a cidade com servidores com até 6 meses de salários atrasados sou eu, quem vivencia as pessoas sendo perseguidas por terem opiniões contrárias sou eu enquanto algumas pessoas estão longe, distante, tão distante que não dá pra sentir o cheiro do lixo impregnado nas ruas, tão distante que o seu carro não passa por cima dos buracos da cidade, tão distante que é incapaz de ouvir o apelo do povo simplesmente por remédio ou merenda para os seus filhos nas escolas. Ausente a tanto tempo que da próxima vez que retornar a Macau sentirá com um certo espanto o odor nas narinas derivado do sal e petróleo ao passar pelo moinho.

Eu prefiro não ter nascido aqui, mas ter escolhido aqui para lutar… Eu prefiro ser visto como um forasteiro que chegou e está lutando pela cidade que vive, do que ser considerado um filho da terra que foi embora e a abandonou num esquecimento trazido pela distância. Macau verás que um filho teu não foge a luta, pois desde pequeno que tenho comigo o entendimento de que mãe não é quem pari, mãe é quem cria.

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